Climatério e tontura

15 outubro, 2024


As tonturas em mulheres a partir dos 40 anos estão  frequentemente associadas a alterações metabólicas

Entrevista concedida à Folha de São Paulo em 12/10/2024


A otorrinolaringologista Roseli Bittar, vice-presidente da Academia Brasileira de Otoneurologia (ABON), afirma que a falta de exercício físico afeta diversas funções do corpo, incluindo o sistema de equilíbrio. O envelhecimento da população acarreta o surgimento de doenças crônicas e a degradação natural do sistema de equilíbrio, o que também pode causar tonturas.

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde ) indicam que 30% das pessoas acima de 65 anos sofrem de problemas de equilíbrio, com maior incidência entre as mulheres.


Tratamento e prevenção de labirintopatias durante o climatério


O diagnóstico de labirintopatias envolve a identificação da causa da tontura, que pode ser decorrente de alterações hormonais, metabólicas, problemas no sistema nervoso central, como um AVC, ou de disfunções no próprio labirinto.

Assim como o coração reage a períodos de ansiedade e medo, o labirinto também responde a esses estímulos, gerando instabilidade e tontura, explica a otorrinolaringologista Roseli Bittar. A tontura pode ser causada tanto por problemas no labirinto quanto por disfunções no sistema nervoso central.

O uso excessivo de remédios e hormônios sem orientação médica pode agravar esses quadros e, por isso, o tratamento depende da causa da tontura. "Apenas o seu médico pode avaliar as necessidades específicas do seu organismo e escolher a melhor opção de tratamento", completa Bittar.

"É importante destacar que a saúde mental é fundamental para que a mulher passe pelo climatério sem maiores problemas". A médica explica que, na maioria dos casos em mulheres com mais de 40 anos, ajustar o estilo de vida com exercícios regulares, alimentação equilibrada e controle do estresse é suficiente para melhorar os sintomas.

Roseli Bittar também alerta que a busca exagerada pelo corpo perfeito tem levado muitas mulheres a usar suplementos e hormônios sem acompanhamento, o que pode piorar os sintomas. 


Mulheres com mais de 40 anos são mais suscetíveis a labirintopatias - 12/10/2024 Folha de S. Paulo (Online) - SAO PAULO-SP

Portal SINOPRESS



 

Para que serve a Reabilitação Vestibular?

5 agosto, 2024

Nosso cérebro é a mais maravilhosa das máquinas!

Você já pensou de que maneira conseguimos aprender um novo caminho ou cantar uma nova música? Isso só acontece porque nosso cérebro é capaz de aprender novas alternativas e adquirir novas capacidades como resposta às situações que vivemos no dia a dia. Após esse contato inicial com a nova situação, nosso cérebro precisa passar por algumas mudanças em sua função para que consiga memorizar esse novo conhecimento. Assim, se fizermos um trajeto diariamente, acabamos por memorizar esse caminho e o fazemos automaticamente, quase que sem pensar. Quantas vezes você se flagrou fazendo automaticamente o seu caminho diário quando, naquele determinado dia, precisava ir a outro lugar? Da mesma maneira, se ouvirmos a mesma música todos os dias, aprenderemos sua letra e sonoridade. Se conversarmos sempre com uma mesma pessoa, aprenderemos a reconhecer a sua voz e seremos capazes de associar essa voz à essa pessoa, mesmo por telefone. A essa capacidade que o cérebro possui de moldar-se de acordo com as situações que vivemos, damos o nome de plasticidade neural. Em outras palavras, a plasticidade neural é a capacidade que o nosso cérebro possui de reorganizar suas respostas em função do que sentimos e observamos.

A plasticidade neural nos permite aprender novos comportamentos e acontece diariamente de maneira automática. Da mesma maneira, essa capacidade pode ser utilizada para compensar funções orgânicas que foram perdidas ou danificadas como consequência de uma doença ou lesão. É a plasticidade neural que nos permite, por exemplo, aprender a utilizar óculos e, assim, melhorar a nossa visão. A princípio, a adaptação é difícil, sentimos dores na cabeça, dores nos olhos e até mal-estar e náuseas. No entanto, a persistência do uso leva ao hábito, que acontece rapidamente para alguns indivíduos e demora um pouco mais para outros. Quanto mais tempo usamos os óculos, mais rapidamente haverá a adaptação.

Podemos utilizar essa capacidade de aprendizado a nosso favor no tratamento das tonturas.

 

Por que temos tontura?

Possuímos três sistemas que nos informam a posição de nosso corpo no espaço: o sistema visual, que nos auxilia a observar alvos visuais, informando a respeito do ambiente em que estamos; o sistema proprioceptivo (músculos e articulações), que informa ao cérebro a posição do corpo no espaço; o sistema vestibular (labirinto), que informa ao cérebro todos os nossos movimentos e nos permite fixar o olhar nos objetos durante o deslocamento do corpo. O labirinto está dentro do nosso ouvido e possui duas partes, cada uma responsável por um tipo de informação – o vestíbulo, que nos informa sobre os movimentos; e a cóclea, que é responsável pela audição.


“Estar em equilíbrio” é uma expressão que significa que existe harmonia de informação entre todos os sistemas envolvidos no equilíbrio e no cérebro. Quando um ou mais sistemas enviam uma informação diferente das demais, surge a desorientação e a tontura. Se o cérebro não recebe ou não consegue aproveitar as informações que recebe do labirinto, temos problemas na manutenção da postura e dos movimentos. O equilíbrio fica dependendo basicamente da informação visual e do sistema proprioceptivo. A pessoa desenvolve novos padrões de equilíbrio e evita movimentos para não sentir tontura.

Com o passar do tempo, essa adaptação errada diminui a capacidade do cérebro utilizar as informações do labirinto e os problemas de equilíbrio passam a ser cada vez piores. Surgem dores musculares e intolerância ao movimento. Como essa pessoa utiliza a informação visual para manter sua postura, ela evita ir a lugares onde há muita informação visual, como os supermercados. A utilização da visão com outra finalidade, que não o seu próprio equilíbrio, deixa a pessoa desorientada, com dor na cabeça, dificuldade de concentração e de leitura. Todo o problema é iniciado a partir de uma falha de informação de um dos sistemas responsáveis pelo equilíbrio.

Como exemplo, imagine uma situação normal de conflito entre o sistema visual e o labirinto: você está parado dentro do carro em uma ladeira, ao lado de um ônibus. O ônibus acelera. Imediatamente, você coloca o pé no freio porque o sistema visual informa o deslocamento e você tem a impressão de que o carro está descendo a ladeira de ré. Em um segundo momento, o seu labirinto informa que o seu corpo não se moveu e, então, seu cérebro “entende” que foi o ônibus que acelerou. Essa situação conflitante e de desorientação, sem a informação correta do labirinto, é o que experimenta diariamente um paciente portador de problemas vestibulares.

 

E como a plasticidade pode auxiliar nesses casos?

Se houver um problema no labirinto, o cérebro tem dificuldade de interpretar os sinais que informam a respeito dos movimentos do corpo. Aproveitando os conhecimentos sobre plasticidade neural, os cientistas perceberam que as pessoas com problemas no labirinto podem recuperar seu equilíbrio. Desenvolveram exercícios que desafiam o cérebro a buscar alternativas para recuperar as informações de movimento e produzir respostas adequadas. Usando essa capacidade, podemos modificar a forma como o cérebro interpreta as informações que recebe do ouvido com problemas e retornar o corpo ao equilíbrio adequado. Falando de uma forma mais simples, uma bailarina consegue fazer giros rápidos e consecutivos sem se desequilibrar porque treinou seu labirinto para isso: nosso labirinto é treinável!

A esse treinamento foi dado o nome de Reabilitação Vestibular (RV), que nada mais é do que a utilização da plasticidade neural para recuperar o equilíbrio do corpo.

 

Como funciona a RV?

O treinamento do labirinto por meio de exercícios de reabilitação vestibular atinge altos índices de sucesso em todos os países do mundo, restabelecendo o equilíbrio corporal e evitando quedas. É um método que não tem efeitos colaterais e de fácil realização. Como já vimos, o aprendizado e memorização dependem basicamente desse treino. Para que esses exercícios funcionem, devem ser praticados regularmente. Aos poucos, à medida que o cérebro aprende a utilizar e a integrar as informações que recebe, a tontura começa a diminuir. A dor na cabeça, a tensão muscular e a dificuldade de concentração desaparecem.

No início do tratamento é perfeitamente normal que a pessoa sinta-se ligeiramente tonta durante e após os exercícios. Esse sintoma é necessário para que o cérebro “reaprenda” a interpretar corretamente as informações labirínticas. Durante as primeiras semanas algumas pessoas podem até experimentar uma ligeira piora dos sintomas - isso acontece porque o sistema de equilíbrio está trabalhando continuamente. Com a insistência, o sistema é reestruturado e a tontura melhora.

Há alguns programas especialmente desenvolvidos para o treinamento do equilíbrio e apenas o terapeuta habilitado é capaz de montar um plano de exercícios especialmente para você. Para funcionar, o treinamento deve conter exercícios cuidadosamente escolhidos com base nas suas necessidades. No entanto, nem todas as doenças do labirinto podem ser tratadas por meio da reabilitação vestibular. Portanto, é necessário que o seu médico a indique. Só ele conhece a sua doença e sabe se há ou não indicação dos exercícios de treinamento.

- Posso treinar sozinho?

Como colocado anteriormente, há programas de treinamento. Primeiramente, deve haver indicação do médico e depois a avaliação de um terapeuta habilitado, que pode ser o próprio médico. Alguns desses programas permitem que você seja orientado a respeito dos exercícios e os pratique em casa, retornando periodicamente para avaliar sua evolução clínica. Então, o responsável pela sua reabilitação vestibular pode manter os exercícios ou, se você assimilou os antigos, ensinar-lhe novos, que impliquem novos desafios ao seu cérebro para que você continue progredindo.

Se, durante o período de tratamento, você esquecer alguma série de exercícios ou algum exercício em especial, não se preocupe. Apenas continue fazendo aqueles dos quais você se recorda. No entanto, se você suspender os exercícios por conta própria, sem a orientação do profissional habilitado, você pode perder todo o aprendizado que alcançou até então. Portanto, siga sempre as orientações do seu terapeuta.

Há algumas restrições para a indicação de exercícios de reabilitação vestibular, como limitações físicas ou problemas cervicais, que podem acabar prejudicando o seu problema inicial e sua evolução. Portanto, não se aventure a praticar sem avaliação médica e orientação adequada. E, principalmente, não tome remédios por conta própria.

- Observo que as pessoas idosas não têm bom equilíbrio. Todas têm doença do labirinto?

Nosso organismo sofre os desgastes do tempo e acabamos perdendo a capacidade de enxergar com nitidez, perdendo a força muscular, a mobilidade das articulações e as funções de nosso labirinto, que é o órgão responsável por nossa audição e equilíbrio. A principal manifestação desse envelhecimento é a falta de agilidade e a dificuldade na realização de movimentos rápidos. Percebemos a importância dessa falta de agilidade quando verificamos que a perda do equilíbrio pode causar quedas com fraturas e longos períodos de imobilização no leito. É por esse motivo que é importante tratar o desequilíbrio que aparece com a idade. Esse desequilíbrio não é devido apenas ao labirinto, mas é secundário ao envelhecimento do organismo como um todo.

 

Como posso ajudar em minha recuperação?

1.    A saúde geral deve ser cuidada. Assim, a pressão arterial, as doenças do coração, problemas com o colesterol, distúrbios da tireoide e diabetes devem ser tratados corretamente. O corpo sem doença se torna mais resistente às degenerações consequentes ao envelhecimento.

2.

    Quando estiver em um ambiente que tenha muitos estímulos visuais, como ambientes coloridos, supermercados e shopping center, procure manter sua visão em um ponto fixo, como placas sinalizadoras.

3.    Utilize sempre o corrimão das escadas e rampas. Não desafie o seu equilíbrio em situações difíceis, como andar no escuro, em passarelas estreitas ou usando sapatos de salto alto.

Você pode se sentir pior da tontura em determinados dias, especialmente se estiver cansado ou preocupado. Nesses dias, procure descansar e relaxar para reduzir o estresse. No entanto, manter-se ativo é o melhor remédio para a melhora rápida da tontura. O movimento é importante para que nosso cérebro reaprenda a manter nossa postura. Certifique-se apenas de que suas atividades sejam desenvolvidas em ambiente seguro. Desenvolva a atividade física que dá prazer, desde que seja leve e seja praticada em períodos regulares. Andar um pouco todos os dias é uma ótima ideia. São recomendados também exercícios como a hidroginástica ou Tai Chi, que são armas poderosas no combate ao desequilíbrio. O exercício fortalece a musculatura, melhora a coordenação e previne as quedas. Não deixe de visitar o seu médico regularmente.

 

Por que, além da terapia, preciso de acompanhamento médico?

Algumas vezes, é necessário adotar uma medicação de suporte ou mesmo para tratamento de suas doenças de base. Outras vezes, é necessária uma intervenção terapêutica ou cirúrgica. Apenas o seu médico pode lhe orientar em relação às necessidades específicas de sua doença e seu tratamento.

Não deixe de fazer seu acompanhamento médico regular.

 

Doutor, labirintite tem cura?

5 agosto, 2024

    

O que é labirintite?

"Labirintite" é um termo popular, usado geralmente para designar distúrbios relacionados ao nosso equilíbrio e audição. Sendo assim, uma "labirintite" pode significar tontura, vertigens, zumbido, desequilíbrio e várias outras formas de mal-estar. O termo correto a ser usado é "labirintopatia", que significa "doença do labirinto".

Nosso ouvido possui dois componentes distintos: a cóclea (ou caracol), que é responsável pela nossa audição e o vestíbulo, que é responsável pelo nosso equilíbrio. Juntos, cóclea e vestíbulo formam o labirinto. O comprometimento dessas estruturas, individual ou separadamente, provoca sintomas como tonturas, desequilíbrio, surdez ou zumbido.

Esses sintomas aparecem porque nosso cérebro recebe informações erradas a respeito da nossa posição no espaço - geradas pelo labirinto doente - e como resultado, temos uma "ilusão de movimento". Essa ilusão pode sugerir que estamos rodando (vertigem), caindo (desequilíbrio), sendo empurrados (desvio de marcha e queda), flutuando (falta de firmeza nos passos) ou ouvindo assobios, motores, etc.(zumbido).

 

Quais são as causas das doenças do labirinto?

São várias as causas das doenças labirínticas. Às vezes, tonturas e vertigens podem indicar o primeiro sinal de alguma doença importante. Nosso ouvido é um consumidor voraz de energia e depende de suprimento constante de açúcar e oxigênio. Qualquer fator que impeça a chegada ou o consumo adequado desses elementos, é gerador de tontura. O exemplo mais clássico disso é a tontura que acontece quando ficamos muito tempo em jejum.

Entre as inúmeras causas de problemas labirínticos podemos citar algumas:

·        doenças pré-existentes como diabetes, hipertensão, reumatismos etc.

·        utilização de drogas ototóxicas, como alguns antibióticos e anti-inflamatórios, que alteram as funções do ouvido.

·        alterações bruscas da pressão barométrica, como no mergulho e nos aviões.

·        infecções por vírus ou bactérias.

·        alterações do metabolismo orgânico.

·        doenças próprias do ouvido.

·        hábitos, como o excesso de cafeína, tabagismo, álcool ou drogas. aterosclerose.

·        traumas sonoros.

·        problemas na coluna cervical ou articulação da mandíbula.

·        stress e problemas psicológicos.

·        Traumatismos na cabeça.

 

As crianças podem ter problemas do labirinto?

Sim. Embora todas as causas referidas anteriormente sejam mais frequentes no adulto, podem ocorrer também na criança.

Você deve consultar um médico especialista em doenças do labirinto se o seu filho apresenta dificuldade para participar das brincadeiras que outras crianças da mesma idade realizam com facilidade. A criança com problemas de equilíbrio apresenta dificuldade para andar de bicicleta, pular amarelinha, pular corda ou qualquer brincadeira que precise de um controle postural mais elaborado.

Dificilmente a criança se queixa de tontura. Geralmente é a mãe que observa as alterações de comportamento, o isolamento da criança dos amiguinhos. Uma observação interessante é a dificuldade escolar, embora sua inteligência seja normal. Isso ocorre pela dificuldade de concentração que está associada à instabilidade da postura.

 

Como é feito o tratamento das labirintopatias?

O tratamento pode ser dividido em três fases:


1. Tratamento dos sintomas

A primeira parte do tratamento consiste em aliviar o sintoma: a tontura.

Para isso, são utilizados medicamentos sedativos e repouso, quando necessário.

Os medicamentos hoje disponíveis podem ser agrupados em moduladores de fluxo sanguíneo, vasodilatadores, bloqueadores de canais de cálcio, anticonvulsivantes, antidepressivos, etc. Cada uma dessas drogas tem local diferente de atuação, bem como diferentes indicações. Uma droga que funciona muito bem no jovem, pode ser contraindicada no idoso e assim por diante. Nenhum desses medicamentos é isento de efeitos colaterais, portanto, não aceite medicação de leigos, procure o seu médico.

O tempo de tratamento vai depender da causa da doença e da sensibilidade individual do paciente.


2. Tratamento da causa

O tratamento da causa é aquele que investiga e trata o problema que gerou a doença do labirinto. O tratamento sintomático produz alívio dos sintomas, que podem voltar se sua origem não for tratada.

O tratamento etiológico está baseado na investigação dos fatores de risco, que são os problemas metabólicos, infecciosos, reumáticos e anatômicos. Depois de um interrogatório clínico, em que o médico procura encontrar possíveis causas do problema, poderão ser feitos alguns exames para verificar alterações que podem justificar a tontura. Os exames complementares são de audição e equilíbrio, de sangue e radiológicos.

Após confirmação do diagnóstico, o médico inicia o tratamento, que será feito de acordo com o problema apresentado.

 

3. Reabilitação do labirinto

A reabilitação é o tratamento fisioterápico da tontura, que pode ser utilizado com ou sem uso de medicamentos.

Quando a etiologia da tontura é de difícil controle, como no caso da aterosclerose no idoso, a reabilitação é o tratamento de escolha, apresentando bons resultados em 80% dos casos.

A reabilitação hoje, é considerada uma ótima opção no tratamento das labirintopatias quando existe sua indicação. Além de apresentar ótimos resultados, não necessita aparelhos especiais, é de fácil realização e pode até ser feita em casa.

 

Eu posso prevenir o aparecimento das labirintites ou melhorar meus sintomas?

Certamente! O melhor conselho que você pode receber é: TENHA UMA VIDA SAUDÁVEL! Observe alguns aspectos em sua vida e veja de que forma você pode se ajudar:

·        Evite os maus hábitos.

Como já vimos, o cigarro, o álcool e o excesso de cafeína podem influenciar negativamente na tontura e no zumbido.

·        Faça exercícios físicos.

Está cientificamente comprovado que o exercício bem indicado melhora os níveis de colesterol e triglicérides no sangue, diminui o risco de doenças cardíacas, previne a obesidade e fortalece a musculatura. Você evita problemas metabólicos e, portanto, a tontura. A caminhada é uma ótima opção.

·        Fracione a sua dieta.

Procure alimentar-se a cada três horas, evitando grandes quantidades de comida. O excesso de sal e açúcar não são recomendados. Abuse das frutas, legumes e verduras. Tome muito líquido. São recomendados dois litros de água por dia. A maior filtração renal elimina as toxinas acumuladas pelo organismo.

·        RELAXE.

O stress piora qualquer condição orgânica, inclusive a tontura. Procure ter momentos reservados para o seu lazer.

 

Finalmente, a tontura tem cura?

Se a pergunta for reformulada para: É possível viver sem tontura? A resposta é sim.

Como já comentamos, mesmo quando a doença é de difícil controle, ainda assim é possível viver sem tontura. Com o tratamento adequado, o médico especialista tem condições de melhorar muito seus sintomas, obtendo a cura clínica da doença. 


       


       Diga SIM, todos os dias, para a atividade física! — Ministério da Saúde (www.gov.br)

 

POR QUE OS IDOSOS CAEM? Um guia prático para evitar as quedas.

1 agosto, 2024


Não é à toa que você tem medo de cair, afinal o problema não é a queda em si, mas todas as suas complicações: fraturas, longos períodos na cama, infecções e tantas outras coisas. As quedas ocupam o primeiro lugar dentre as causas de acidentes com pessoas idosas, mesmo as saudáveis. Isso quer dizer que não precisa haver doença, mas apenas o envelhecimento natural do nosso sistema de equilíbrio aumentar a tendência para cair. Vamos entender por que o idoso cai.


Com o passar dos anos, nosso organismo vai perdendo naturalmente a capacidade de reagir a alguns estímulos como, por exemplo, virar rapidamente a cabeça quando ouvimos algum ruído atrás de nós. A essa capacidade, chamamos de reflexo, ou seja: um estímulo (a audição) que desencadeia uma resposta motora (girar a cabeça). Para que o reflexo aconteça, precisamos ter boa qualidade na percepção e resposta ao estímulo.

Vamos colocar a situação de uma forma prática. O que é necessário para acender uma luz – o interruptor e a lâmpada. Mas para que a luz seja acesa, não só é preciso que interruptor funcione e a lâmpada esteja boa, mas que os fios conduzam corretamente a eletricidade, mantendo a corrente para que ela não fique piscando. É isso que acontece com nosso corpo: o interruptor começa a falhar, os fios não conduzem o impulso de forma adequada e a lâmpada pisca, o que significa a falência do sistema.

 

Dependemos essencialmente de nossa visão, do labirinto e da estabilidade de nossas articulações e músculos, além da integração todos eles pelo sistema nervoso. Com a idade aparecem os problemas de visão (catarata, necessidade de óculos, doenças na retina), articulações (artrose, osteoporose, reumatismo), labirinto (surdez e doenças do equilíbrio) e do nosso sistema nervoso (perdemos a capacidade de conduzir as informações com rapidez e qualidade). O que fazer?

 

Veja algumas sugestões do que podemos fazer para driblar essas limitações normais da idade:

 

Em sua casa:

-          Não encere o assoalho.

-          Evite tapetes soltos. Prefira os pisos antiderrapantes.

-          Instale luzes nos corredores junto ao chão, para andar à noite.

-          Não deixe fios soltos no chão.

-         

Evite que a casa possua pequenos degraus entre os ambientes.

-          Não guarde objetos em prateleiras altas. Elevar o pescoço pode causar tontura.

-          Se houver escadas, não coloque carpete ou piso liso. Use sempre o corrimão.

-         

No banheiro, coloque alças de segurança no box ou banheira e junto ao vaso sanitário.

 

Os cuidados com você:

-          Procure seu médico para que ele avalie a necessidade de um exame de visão, audição, articulações e de seu equilíbrio.

-         

Não use álcool ou medicamentos sem orientação.

-          Procure seu médico se você está sentindo algum mal-estar após usar qualquer medicamento que ele receitou.

-          Use sapatos baixos, confortáveis e de solado que não escorregue.

-          Pela manhã, permaneça sentado na cama por alguns instantes antes de ficar em pé.

-          Não tente limpar lugares altos, onde você precisa de escadas ou degraus.

 

Mantenha seu corpo em dia:

Pratique exercícios (hidroginástica, Tai Chi ou simples caminhadas). Essa é a arma mais poderosa no combate ao desequilíbrio. O exercício fortalece a musculatura, melhora a coordenação e previne as quedas.

 

Hoje sabemos que, mesmo que você não consiga praticar exercícios porque tem receio ou incapacidades, o treinamento específico, por um programa chamado Reabilitação Vestibular, é capaz de prevenir futuras quedas e dar mais segurança. As pesquisas científicas demonstram que, mesmo com limitações, o idoso apresenta melhora importante de seu equilíbrio em 70% dos casos.  Converse com seu médico sobre isso e viva melhor.




   Idosos e atividade física: — Ministério da Saúde (www.gov.br)